As declarações de Rodrigo Julião, presidente da OAB Santos, no Jornal da Tribuna 2ª Edição desta segunda-feira, 27 de julho, nos revela o desrespeito com os servidores do Judiciário Paulista.
Dizer que o servidor presta um desserviço ao exercer seu direito de greve com intuito de proteger sua vida, enquanto ocorre um platô de contaminações em nosso Estado, é desrespeitoso com as vidas que já perdemos e quem está preocupado em não se contaminar e transmitir o vírus da COVID 19 ao seus familiares e à população em geral.
Afirmar que os processos estão parados é não conhecer o trabalho do servidor público ou agir de má fé aos que exerceram suas funções dignamente, sem estrutura alguma oferecida pelo TJ-SP, com seus próprios equipamentos e custos durante a pandemia e mesmo assim, mais de 10 milhões de atos praticados.
O TJ-SP determinou o retorno com base em nota técnica que elenca premissas da Organização Mundial da Saúde (OMS) dentre elas: testes em massa.
A vistoria que o Sr. realizou no Fórum de Santos não se atentou que o TJ-SP não efetuará testes para detecção do Covid-19 em seus trabalhadores, muitos deles estarão percorrendo o trajeto de suas residências até o trabalho por transporte público com risco de se contaminar e transmitir esse vírus mortal.
Por fim, lembramos ao Sr. advogado que a Corregedoria Geral de Justiça já regulamenta a digitalização dos processos físicos por meio do Comunicado CG 466/20. E esclarecemos que nossos objetivos com a greve sanitária no Estado de São Paulo são o proteger as vidas dos trabalhadores do Judiciário, abrir negociação sobre o retorno com o TJ-SP e buscar alternativas para o cumprimento da digitalização dos processos físicos.