Um estudo realizado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) indica que 65% dos idosos atendidos no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) possuem Doença Renal Crônica (DRC), perda progressiva e irreversível das funções renais.
Quando não diagnosticada e tratada, leva à paralisação dos rins, órgãos responsáveis pela filtragem de substâncias no organismo, fundamental para o controle da pressão arterial.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 10% da população adulta tem algum grau de perda de função renal. Esse percentual pode chegar a 30% ou 50% nos idosos.
“É evidente que o risco do aparecimento aumenta substancialmente com o envelhecimento”, afirma o nefrologista Daniel Rinaldi.
Anualmente, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) realiza uma campanha cujo objetivo é a prevenção. Em 2014, o tema do Dia Mundial do Rim, celebrado em 13 de março, foi “1 em 10. O Rim envelhece, assim como nós”.
A ideia central das ações é de conscientização dos idosos. “Há fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade, tabagismo e histórico familiar de doença renal. É necessário estar sempre atento”, destaca o especialista.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), considerando a população brasileira maior de 18 anos, mais de 20% têm hipertensão arterial, 8% têm diabetes, 18% são fumantes e 50% apresentam excesso de peso, fatos que influenciam na prevalência da doença.
A incidência de mortalidade de pacientes com DRC é por doença cardiovascular.
“Um jovem de 30 anos que esteja em diálise, processo físio-químico pelo qual duas soluções são separadas por uma membrana semipermeável, tem a mesma chance de morrer por complicações cardíacas que um idoso de 80 anos com a função renal esperada para a sua idade”, finaliza o especialista.